sábado, 8 de maio de 2010

"Querida, Encolhi as Crianças!"

É interessante constatar que, quando somos crianças, vemos tudo muito maior do que realmente são. Por exemplo, vemos os adultos muito altos e, quando crescemos, vemos que na realidade alguns deles eram bem baixinhos.

Em minha infância, estudei em um colégio administrado por religiosas católicas. Adorava estudar naquele ambiente. Era muito agradável. Ainda o é hoje em dia. Depois que saí de lá, demorei a voltar. Não para estudar, mas para visitar a feira de ciências. Nesta ocasião, eu já era adulta. Foi quando meu irmão mais novo (na época acho que ele estava com dez anos) me convidou para assistir a uma apresentação do trabalho dele, que por sinal foi excelente.

Ao entrar no colégio tive um sentimento estranho. Por que tudo estava tão diferente? O que havia acontecido? Muita coisa havia mudado, pensei. De fato, constatei que quem havia mudado era eu. Eu havia crescido.

Vi que o colégio não estava tão diferente. Mas parecia que havia sido atingido pelo raio do filme “Querida, encolhi as crianças!” Parecia bem menor que as imagens guardadas em minha memória. Agora tenho registradas as duas dimensões do colégio, que na realidade são uma só.

Hoje percebo o quanto é bom ser criança. Mesmo quando crescemos e vemos que as coisas não são exatamente como imaginávamos.

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